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A
Missa Crioula é uma missa católica do
rito latino (Apostólico Romano), porém
adaptada em linguagem, ritmo, estilo e símbolos
tradicionalistas gaúchos. Ela tem o mesmo sentido
espiritual e religioso de uma missa tradicional, mas
pelas suas características particulares recebe
a denominação de “Missa Crioula”.
A existência de uma missa nesse estilo tornou-se
possível com as alterações introduzidas
na Igreja Católica como resultado do Concílio
do Vaticano II (1965), que permitiu a tradução
e adaptação da liturgia em latim para
outras línguas nacionais e linguagens regionais.
Em
1967, os padres gaúchos Paulo Aripe e Amadeu
Gomes Canelas solicitaram autorização
ao então Bispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherrer
e ao Vaticano (cujo Papa era Paulo VI) para a celebração
da Missa Crioula com cantos, preces e orações
próprias, com rima bastante acentuada na linguagem
e oração litúrgica. Nessa liturgia
campeira, são utilizados símbolos do campo,
da campanha, do uso costumeiro do gaúcho. |
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Com
o linguajar típico dos pampas, Jesus Cristo
é chamado “ O Divino Tropeiro”
e Nossa Senhora de “Primeira Prenda Celeste”.
Deus é chamado de “Pai Celeste”
e o Espírito Santo de “Divino Candeeiro”.
Entre os momentos mais emocionantes da Missa Crioula
está o que relembra um dos mais marcantes episódios
da história do Rio Grande do Sul: a guerra
entre Maragatos e Chimangos. Como a missa busca trazer
a paz e a compreensão entre todos, os homens
que participam da missa depõem suas armas,
representadas por facões estilizados, colocando-as
num canto e entrelaçam na cruz os lenços
vermelho (Maragato) e branco (Chimango).
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Pe.
Paulo Aripe - O Criador da Missa
Crioula |
O
padre Paulo Murab Aripe nasceu a 11 de junho de 1936
e morreu aos 71 anos, em 10 de maio de 2008. Conhecido
pelo pseudônimo e autodenominação
de Padre Potrilho, seu maior feito foi ter criado a
Missa Crioula, além de uma série de atividades
que transformaram sua vida numa ligação
permanente entre a Igreja Católica e a cultura
gaúcha. A este propósito tornou-se membro
da Estância da Poesia Crioula e lançou
uma coletânea de livros de sua autoria, como ele
próprio dizia: “A Igreja nos Galpões”.
No seu entendimento, pondo a Igreja nos galpões,
faz deles uma catedral de religiosidade.
Celebrou sua Missa Crioula em praticamente todos os
rincões do Rio Grande do Sul, sendo, para ele,
“tão importante rezar numa cidade grande
quanto em locais simples do interior ou até no
estrangeiro”. Após a missa, invariavelmente
integrava-se aos gaúchos e gaúchas e aos
populares declamando seus versos ou, muitas vezes, cantando
de improviso ou realizando palestras com vasto conteúdo
histórico e emocional.
Suas obras principais foram Bombacha e Batina, poesia;
o Rio Grande e a Cruz, poemas crioulos, 1966; Missa
Sagrada, Casamento Crioulo; a Igreja nos Galpões.
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Entre
seus temas preferidos estavam versos falando do rio
Uruguai, da natureza, da vida campesina, das lidas do
campo, da unidade da igreja com os galpões do
nativismo. Uma de suas poesias mais destacadas é
“Porque o padre não casa”. |
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Começou a fazer seus versos campeiros ainda no
Seminário, fundou CTG e, quando o Concílio
Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII no
início dos anos sessenta, permitiu a utilização
de músicas e elementos culturais de cada povo
nas missas que deixaram de ser rezadas em latim, o Potrilho
Aripe ganhou tempo e se adiantou lançando a Missa
Crioula, com aprovação eclesiástica.
Posteriormente adaptou, ao mesmo estilo, o casamento
e o batizado para a linguagem gauchesca. |
Dirigiu
a Rádio Medianeira, vinculada à Mitra
Diocesana de Santa Maria, por aproximadamente dez anos,
sendo responsável por uma programação
voltada à notícia e às tradições,
com grande destaque para a cobertura de todos os eventos
dos festivais nativistas durante o período no
qual foi o Diretor da emissora. |
Origem
da Missa Crioula
É
com imensa alegria que apresentamos a Missa Crioula
para o 1º Fórum da Igreja Católica
no Rio Grande do Sul. |
Através
da Missa Crioula – qual rodeio de reza –
queremos louvar e agradecer ao Bom Patrão do
Céu pelas maravilhas que Ele proporcionou ao
povo gaúcho ao longo da História.
Mas donde vem esta Missa tão diferente? A Igreja
sempre apóia àqueles que defendem e promovem
os autênticos valores do Homem. E vê no
Tradicionalismo Gaúcho aquela terra boa para
semear e fazer crescer tais valores. Por isso, a presença
de sacerdotes e de seminaristas faz-se notar desde a
formação do Departamento de Tradições
Gaúchas, em 1957, no Diretório Acadêmico
da Faculdade de Filosofia no Seminário Maior
Imaculada Conceição de Viamão.
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No
ano seguinte, esse departamento tornou-se uma entidade
independente com o nome de CTG Centauro dos Pampas e
o lema: “Conhecer para Amar”, sob a liderança
de Paulo Aripe e Caetano Secundino Borges Caon, hoje
sacerdotes das dioceses de Uruguaiana e Vacaria respectivamente.
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E já em 1959, a 5 de julho, teve lugar a Missa
Gauchesca, durante a realização do 1º
Congresso Tradicionalista Estudantil, na Escola Técnica
de Agricultura de Viamão. Tendo como presidente
da celebração o saudoso Pe. Érico
Ferrari (mais tarde Bispo de Santa Maria), ainda em
latim, a missa foi acompanhada pelos “potrilhos
de padre” com cânticos e comentários
em linguagem gauchesca.
Com o advento do Concílio Vaticano II, houve
a possibilidade de uma adaptação da Santa
Missa aos usos, costumes e tradições do
Rio Grande do Sul. E a 7 de abril de 1967, o Sr. Arcebispo
de Porto Alegre, Dom Vicente Scherer, aprovou para “ocasiões
extraordinárias” o texto da Missa Crioula
eleborado pelo Pe. Paulo Aripe. |
Aos
poucos, os demais Bispos do Estado deram apoio e aprovação.
E o Rio Grande ganhou um rito crioulo da Santa Missa,
fazendo jus às suas raízes cristãs.
Almejamos que a Missa Crioula continue a ser, como até
agora nestes 40 anos, um momento de celebrar a vida
do nosso povo e um instrumento eficaz de evangelização.
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Missa
gaúcha, nordestina e romana |
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Nos dias 14 e 15 de junho, o Papa Bento XVI realizou
a sua 10ª visita pastoral na Itália, deslocando-se
até as cidades de Santa Maria de Leuca e Brindisi,
no sul do país. Na despedida, num encontro que
manteve com um grupo de sacerdotes e seminaristas, por
mais vezes insistiu na “prioridade das prioridades”
do pastor de almas, que é a espiritualidade:
«A oração é o momento mais
importante na vida do padre, momento em que a graça
divina age com maior eficácia, dando fecundidade
ao seu ministério. Rezar é o primeiro
serviço que se pode prestar à comunidade.
Os momentos de oração devem merecer uma
verdadeira prioridade em nossa vida. Sei que muitas
realidades nos urgem. |
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Mas,
se não estivermos em comunhão com Deus,
nada conseguiremos dar a quem nos procura. Deus é
a prioridade absoluta».
Dentre os diversos momentos de oração
que enriquecem o dia do sacerdote, a celebração
eucarística ocupa um lugar privilegiado. Mas,
para que de fato assim seja, toda a vida do padre precisa
ser oração. Quando isso não acontece,
a missa passa a ser vista como uma das tantas tarefas
pastorais que se deve prestar à comunidade, sobretudo
nos finais de semana. Deixa de ser um momento de intimidade
com o Senhor, para se tornar uma obrigação,
às vezes árdua e desmotivada, a ser cumprida.
Essa é a razão que levava São Paulo
a se queixar amargamente com os cristãos de Corinto
ao vê-los participar da Eucaristia sem as disposições
necessárias. A assistência passiva e fria
dos fiéis – ou a celebração
apressada e distraída do celebrante – cria
uma multidão de enfermos e, até mesmo,
de mortos: «Quem come o pão e bebe do cálice
do Senhor indignamente, é réu do corpo
e do sangue do Senhor. Por isso, cada um examine a si
mesmo antes de comer o pão e beber do cálice.
Pois, quem não reconhece o Corpo do Senhor, come
e bebe a própria condenação. É
por isso que, entre vós, há tantos doentes
e alguns já estão mortos» (1Cor
11,27-29).
Onde existe Deus, gerado pela busca da santidade, pela
solidariedade fraterna e pela prática da justiça
de quem se faz presente na missa, ela tem sempre sentido.
Caso contrário, mesmo que seja rezada obedecendo
a todas as normas e rubricas emanadas pela Igreja, acaba
sendo uma simples cerimônia, talvez impecável
nas exterioridades, mas sem alma, sem vibração
e, sobretudo, sem tocar o coração de ninguém.
Se a missa que denominamos “latina” ou “romana”
pode se tornar insossa, não seria mais sábio
partir para outro tipo de celebração,
mais popular e inculturada, como, por exemplo, acontece
com as assim ditas missas “crioula”, “gaúcha”
e “nordestina”? Mas, será que a simples
mudança resolve a situação? O que
diz a Igreja a respeito?
Para não me delongar, cito apenas as últimas
“Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
da Igreja no Brasil”, escolhidas pela Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil em sua Assembléia
Geral de 2008, e válidas para o período
2008/2010: «Na liturgia, é preciso recuperar
as expressões culturais, o ritmo, o canto e a
música, os instrumentos musicais, as vestes,
os espaços, os gestos e símbolos das diferentes
culturas, sem prejuízo das normas litúrgicas
gerais e de acordo com as demais orientações
do Magistério da Igreja».
Como se percebe – e como praticamente tudo na
vida –, o equilíbrio continua sendo uma
das virtudes mais importantes, inclusive na celebração
eucarística. Se se deve valorizar e incentivar
a criatividade, que brota da santa liberdade concedida
por Deus a seus filhos, também se deve estar
em sintonia com as normas prescritas pelo Missal Romano,
emanadas e atualizadas pela Congregação
do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
O próprio Papa Bento XVI, visto por alguns como
ferrenho conservador, na Exortação Apostólica
“Sacramento da Caridade”, de 22 de fevereiro
de 2007, diz textualmente: «Para uma participação
mais eficaz dos fiéis nos santos mistérios,
é útil continuar o processo de inculturação,
inclusive quanto à celebração eucarística,
tendo em conta as possibilidades de adaptação
oferecidas».
Qual é, então, o sentido das missas “crioula”,
“gaúcha”, “nordestina”
e outras que surgem aqui e acolá? “Nada
é pequeno se o coração é
grande”, cantava o poeta. O celebrante que ama
o povo que lhe é confiado, terá as luzes
de que necessita para manter o equilíbrio entre
a inculturação e a fidelidade, evitando
tanto uma subserviência servil às rubricas,
quanto uma celebração que, não
poucas vezes, se assemelha a uma encenação
teatral barata e ridícula.
Desta forma, mesmo sem alterar as partes fixas da missa,
aprovadas pela Santa Sé para toda a Igreja, nada
impede que ela seja enriquecida com as tradições
próprias da cultura de cada povo em todas as
partes deixadas ao arbítrio do celebrante e dos
fiéis.
Assim, de acordo com uma citação do Documento
de Aparecida, cada padre e cada fiel poderá repetir:
«minha missa é minha vida e minha vida
é uma missa prolongada».
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Cantos
para a Missa Crioula |
CANTO INICIAL
1. Nesta missa crioula,
vimos se aprochegar,
Trouxemos do nosso rancho o jeito da gente rezar,
Nessa cantiga amiga, na roda do chimarrão,
Todos são convidados, prenda, piá e peão.
Pai Celeste escuta o clamor da tradição,
Nosso rodeio crioulo, dos pagos deste rincão,
Pai Celeste escuta o clamor da tradição,
Missa bem crioula, da gente do nosso chão.
2. Estamos aqui reunidos, na paz e na oração,
Pedimos ao Pai Celeste, a benção e o perdão,
Maria, Prenda bonita, a virgem de Nazaré,
Venha em nosso auxílio, aumente a nossa fé.
3. Neste encontro gaudério, não pode ter
divisão,
Com nossos lenços trançados, sinal de
reconciliação,
Antes da nossa oferta, que acende a fraternidade,
Demos o nosso abraço, parceria da amizade.
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CANTO
PENITENCIAL
Supremo Patrão do Céu,
Tende pena do rebanho (3x)
Jesus, Divino Tropeiro,
Tende pena do rebanho (3x)
Espírito Santo Vaqueano,
Tende pena do rebanho (3x)
GLÓRIA
Honra e glória a Deus nas alturas,
Paz nos pampas aos campeiros deste chão,
Cantam os anjos e as criaturas,
Peregrinos que preservam a tradição.
1. O Pai Celeste quem criou os pampas,
As verdes matas, campos e coxilhas,
O Criador foi quem nos deu a vida,
Para entoarmos suas maravilhas.
2. É Jesus Cristo, Divino Tropeiro,
Nos fez piá por sua Virgem Prenda,
Conosco vive neste nosso pago,
Na cruz lavou pra sempre meu pecado.
3. É o Santo Espírito o candeeiro,
É a fogueira a iluminar a trilha,
Na caminhada do peão campeiro,
Benção celeste para sua família.
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CANTO DE ACLAMAÇÃO
Escuta gaúcho, escuta,
o Evangelho de Jesus,
Palavra cheia de vida, caminho, verdade e luz.
Escuta gaúcha, escuta, o Evangelho de Jesus,
Palavra cheia de vida, caminho, verdade e luz.
1. Pertencemos, pois, agora, ao rebanho de Jesus,
Foi Ele quem nos salvou, morrendo por nós na
cruz.
2. Por isso Ele é o Bom Tropeiro, que nos conduz
pela Igreja,
Sempre estaremos com Cristo, onde quer que Ele esteja.
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CANTO DO CREDO
1. Creio em Deus, Pai,
poderoso, criador da natureza,
Fez a nós os lindos campos, nos traz pão,
churrasco, à mesa.
2. Creio no Tropeiro Eterno, filho do Pai lá
de riba,
Que na cruz, como Cordeiro, ao rebanho deu sua vida.
3. Creio no Espírito Vaqueano, como fogo abrasador,
Recebido no batismo, nos dá a luz, a paz, o amor.
4. Também creio na Igreja, una, santa e apostólica,
Neste laço da doutrina, trilho a minha fé
católica.
5. Tenho fé na Comunhão dos Santos, também
na Virgem Maria,
Que, do Céu, Primeira Prenda, coroada Mãe
Rainha.
6. Sou gaúcho e acredito, na remissão
do pecado,
Na ressurreição dos mortos, na tradição
do meu pago.
7. Esta fé de minha infância, levo até
bolear a perna,
Estribado na constância, pra chegar na Estância
Eterna.
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CANTO DO OFERTÓRIO
1. Nesta missa,
Patrão do Universo, ofertamos o vinho e o pão,
Em sinal que És o dono de tudo, somos Teus és
o nosso Patrão.
É o sacerdote, em nosso nome, quem oferece o
vinho e o pão,
E nessa missa, bem crioula, vem receber ó Eterno
Patrão.
2. Este pão representa o trabalho, nossas lutas
e preocupações,
Este vinho é o nosso descanso, alegrias, prazer,
diversões.
3. Neste pão que é de trigo ofertamos,
o churrasco, o alimento, a bebida,
Neste vinho que fruto da uva, nosso mate, o café,
a bebida.
4. Ofertamos no pão nosso corpo, com as doenças
e com a saúde,
E no vinho entregamos nossa alma, nossos erros e nossas
virtudes.
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RESPOSTA PAMPEANA
DAS PRECES
Pai Celeste, escuta a nossa
prece
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SANTO
Santo, Santo, Santo, Santo
é o Senhor do universo,
Louvam-te as criaturas, em suas cantigas e versos.
1. Bendito o Tropeiro que vem, ao pago em nome de Deus,
Mostrando ao pampa gaúcho, a trilha e o rumo
do Céu.
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PAI-NOSSO
1. Ó Pai Nosso,
que estais na estância do além,
Santificado, seja o Teu nome bendito,
Venha até a gente, a Tua querência do bem,
Teu santo projeto querido, e a tua vontade também,
Assim nos pampas, como ela é feita no céu.
2. O pão nosso de cada dia, dai-nos na mesa de
hoje,
E perdoai-nos a nossa ofensa Senhor,
Na mesma quantia que gente perdoa o irmão,
De toda a peleia e ofensa, e de qualquer confusão,
Não nos deixeis tropeçar, na tentação
que virá,
Livra a gente também, do mal do pecado. Amém.
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CORDEIRO DE DEUS
Jesus, Divino Cordeiro,
Cordeiro, Divino Cordeiro,
1. Perdão, perdão, perdão, perdão
para o mundo inteiro.
2. A paz, a paz, a paz, a paz para o mundo inteiro.
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COMUNHÃO
1. Jesus Cristo, Divino
Tropeiro, feito pão sobre a mesa do altar,
Vem reunir teu sagrado rodeio, para a eterna querência
levar.
Se o churrasco e o mate saciam, minha fome diária
de pão,
Muito mais o teu corpo e teu sangue, matam a fome do
meu coração.
2. Nosso corpo reclama alimento, que dê forças
e energia à vontade,
Mas também nosso peito tem fome, de Jesus e de
felicidade.
3. Pra saciar nossa fome do corpo, nos concede o pão
material,
Pra saciar nossa fome de Deus, nos entregas Teu pão
celestial.
4. Pois se o mate e o churrasco dão vida, esta
vida se acaba na morte,
Mas quem come teu corpo e teu sangue, sempre tem vida
eterna mais forte.
5. Foi por isso que Tu nos disseste, “quem não
come meu corpo e meu sangue,
Não tem vida na Estância do Além,
vem ó Cristo e alimenta o Rio Grande.
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CANTO FINAL
1. É hora da despedida,
queremos agradecer,
A missa bem gaúcha, do rancho do CTG,
Pedimos à Vigem Prenda, que ajuda melhor viver,
A lição que o altar ensina, o Cristo pede
pra fazer.
Muito obrigado, ó Pai lá nas alturas,
Pela missa crioula, cantam as criaturas,
Muito obrigado, ó Pai de nossa vida,
Pelo rodeio crioulo, a ceia repartida.
2. Vamos pro nosso rancho, melhor do que a gente veio,
A cuia de mão em mão, o evangelho que
aprendemos,
Não pode ficar lá fora, do convívio
desta refeição,
Todos são convidados, prenda, piá e peão.
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